Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor
Porta, porque eu te abri, e deixei ela ir ?
Mais nada podia eu, naquela hora fazer
Meu olhar a seguiu, até ela longe sumir
Fiquei parado, sentindo lágrimas correr
Meu mundo desabava, e eu aqui perdido
Sentia o vento frio, me açoitando de vagar
Jurei, que eu nunca haveria de te perdoar
E que nosso amor havia para sempre morrido
Hoje, senti sua falta, saudade de teus beijos
Neste delírio, explode por ti, loucos desejos
Me vejo aqui, na mesma porta, a tua espera
Olho, não te vejo, minh'alma, por ti desespera
Sei que esperar, não adianta, tudo se acabou
O perdão em mim, não encontra mais morada
Bato a porta, e rezo para esquecer-te amada
Pois ao partir, você provou, que nunca me amou...