O Sol acordou mais cedo
Com ele a passarada
Andorinhas a cortar céus
Árvores verdejantes
Pequenos olhos sem medo
A quem não importa nada
Nada, nem esses chapéus
Das madames pavoneantes
A vida tem cor, sabe-se de cor
Grita, brinca, salta em alegria
Mergulha em fúteis imaginários
Inventa sabores, beijos, odores
Que nenhum homem a implore
Sussurra e sonha todo o dia
Toda a noite sonhos vários
É de tantos amores, sonhadores
A Lua apareceu mais tarde
Ainda sonolenta e espreguiçada
Olhou curiosa cada olhar
Abraçou louca cada amante
Esperando um que a guarde
De sorriso simples, prateada
Quis ser gente, gente e mar
Daquele de ondas, saltitante
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma