Laranjeira.
A beira do carreador do sítio em que eu morava,
Há mais ou menos sessenta metros da cabeceira,
Havia uma árvore frutífera muito alta e frondosa,
Que nada mais era que uma vistosa laranjeira.
Quantas vezes, na vida, eu parei em sua sombra
Naquelas tardes em que eu tinha muita canseira.
Aproveitava e comia alguns dos seus frutos doces
E às vezes me abrigava de uma chuva passageira.
Quando o sol estava muito quente lá eu parava
E também até almoçava embaixo desta fruteira.
Na minha lida na roça de segunda a sexta-feira.
Parece que sinto o perfume da sua última florada,
Na época que foi arrancada por um trator esteira
E a sua madeira destruída numa triste fogueira.
Maringá, 23.11.07.
verde