Sonetos : 

Café com Soneto

 
Após longa calmaria, eis que chega sem alarde,
Cruzam-se os olhares, as mentes — talvez uma dança?
Finda-se a banda e, tímido, apresenta oposto como semelhança.
Sedutoramente inteligente... Começamos a bailar, assim, tão tarde?

E ao compartilhar de uma mesma virtude, ou seria de um mesmo vício,
Calou minhas dúvidas com um café muito bem acompanhado.
À mesa sentaram-se Neruda, Pessoa, Chico, Vinícius, Machado...
E se a química transcende o intelectual, despedir-se é um sacrifício!

Longe, penso se me verá à Drummond, sua Itabira na parede...
— Calma, senhorita! Ainda é muito mais cedo do que imagina.
— É hora do café que me embriaga e não sacia minha sede.

Da janela, vejo a chuva refrescar os pensamentos com seus pingos.
Peço uma xícara de literatura com beijo (Essa ressaca de cafeína...)
Melhor só escrever, sem saber se após tal Sábado virão Domingos...


Eu sou médica formada em agosto de 2007 e atualmente sou mestranda em Cirugia na PUC-PR, mas também uma poeta que estava há muito tempo escondida e que resolveu aflorar...

Apaixonei-me pela poesia muito cedo! Já pequena devorava os infantis disponívei

 
Autor
Aline von Bahten
 
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