Indiferente
Teus olhos são cascatas de fogo,
que incendeiam minha mente atormentada
Tua ira condena-me ao jogo,
a jogar com as tuas cartas marcadas.
Em escarpas afiadas tu me lanças,
retaliando a minha antecipação
Destroçando a minha alma criança,
deixando-me sem esperanças
Sem emoção.
Sinto o frio que se aproxima
de olhos negros que brilham sem vida
Sinto a noite que me envolve,
marcada, escura e sofrida.
Chuva que cai que abrem feridas,
e o vento uiva, lamenta, exorta
Eu me dissolvo como folhas mortas,
em uma dor carnal, ardente oculta.
Neste escuro e frio abismo,
eu me aproximo do fim do caminho
O meu corpo clama minha alma chama
Em desespero a procura de algo inexistente
Algo que sinto apenas em minha mente
Que existiu em um passado distante
Uma semente que o presente reclama
Que me mantém tão carente
Nesta procura insana
Por teu amor
Pois para você
Eu sou tão somente
Indiferente!
Alexandre