Quadruplicar-se.
Vigiar o sono, as dores,
Abrandar os caminhos;
Tecer futuros,
Prover a argamassa,
Dessa minuciosa construção humana,
O tempo conta seus giros
E numa tácita encenação,
Agora a filha sou eu!
E deixo que me digam,
Como dirigir o carro,
Fechar bem as portas da casa,
Tomar o remédio, comer...
E com a mesma paciência,
De quando eram pequenos,
Aceito o lúdico papel.
Finjo birras e teimosias,
Premiadas com atenções.
Tão bom!
O tempo conta seus giros,
Cobra caro pedágios,
Rasga o roteiro.
E parece certo o dia,
De castigar com realidades,
A leveza da brincadeira.
Que medo!