Há uma fonte que é ondulada
Entre portas na cidade
Uma janela trabalhada
E um mirante de saudade!
No mirante dessa casa
Ou na fonte engalanada
Uma só cousa nos abraça
Outra Era já passada!
Lá de fronte, essa Janela,
Traz Garcia de Rezende
Um Poeta, uma Estrela
Diz a voz de toda a gente!
Mas na Casa Cordovil
Antepassados 'inda moram
Cavaleiros de Perfil
Qu'inda rezam, 'inda choram!
E a saudade é tão discreta
Nos olhares de quem passa
Que só o punho d'um Poeta
nos desperta e abraça!
Ricardo Maria Louro