Minha vida tem finalmente um motivo... tu!
Rio sem ter razão aparente, ando tonta, às avessas, faço o pino, escrevo peças absurdas que ninguém lê, ao menos sei que sim! Sei que sou forte, supero a morte, tudo o que me faz doer, inquieta eu mesma fala contigo, canta baixinho a música que no meu coração se faz ouvir e se silenciar tudo em me redor e cá dentro, quase sinto a tua voz serpentear o espaço e alcançar-me em flecha o coração.
Bailo à luz do teu olhar, calmo, seguro, cuidadoso, brilha como a luz do sol nas tardes de bom-tempo. Não creio que tenha sido a minha imaginação nem a minha emoção, apenas o meu vagabundo coração que encontrou uma razão para bater... tu!
Nada estará gasto, não pode, apartir de agora, sempre é uma casa só nossa, sempre eu em ti, tu em mim e a verdade de um sentimento a rondar a nossa periferia. A paisagens é pintada pelo nosso amor, a casa é caiada pela nossa união, aqui restarão os tempos e os espaços com o objectivo de nos imortalizar, aqui escreverei eu morta de cansaços com o objectivo de nos eternizar.
Que seja assim, agora e para sempre.
Amen
(corro, vou, agito os braços em alvoroso... SOCORRO... é já tarde nem sei se quereria que visses como estava antes de me alcançares. Paraste então e viste-me de bruços, caída já sem forças à porta do teu chão, voltaste-te para mim e sorriste enquanto corrias para me alcançar. Tomaste-me nos braços e ressuscitaste-me com o toque mágico da tua pele na minha)
Calo-me! Silencio tudo! De novo, sempre, a música da tua voz no meu coração...
. façam de conta que eu não estive cá .