Caminhando sem fim
à entrada da estrada de sonhos
degolando cada fobia
descolorando choros risonhos
Sonhando o que sonhava
que perdura tanto penava
para subir uma velha muralha
para encontrar que não encontrava
Enquadrou-se o medo do fim
na ultima gota de ar
sentir solidão a companheira
dentro de um frasco como um barco a remar
Após a pureza que imaginei
nos braços ter que não continha
foi feita um bordado da vida
usando apenas um dedal e uma linha
A fada que faz sonhar
senhora essa da vida surreal
surrealismo o melhor dos sonhos
pena não ter sido uma vida real
Dormir é o melhor para alcançar
tudo que trás felicidade
mas também vem pesadelos
em que da mentira se fez verdade
E quando as flores hibernam
à espera da primavera
caminhamos debaixo de dias cinzentos
no meio do mar que se faz fera
Desde que o povo tenha mente
para sentir momentos tristonhos
e um coração para sentir
que todas as horas são clones de sonhos.
Hugo Dias 'Marduk'