Deitada na nossa cama, não consigo dormir. O teu lado da cama está vazio, não tem calor, está frio. Os últimos lençóis em que dormiste junto comigo, eu não os quis lavar, porque queria que perdurasse neles teu cheiro corporal, para não me sentir abandonada e sozinha.
Abraço o teu lugar, enlaço a tua almofada, e pelo teu cheiro tão característico fico inebriada… Uma onda de calor, intenso e frenético apodera-se de mim e eu entro em êxtase, e meu cérebro “repleto” de
Paixão e volúpia por ti, comanda as minhas mãos, que percorrem milimetricamente o meu corpo, dando-lhe prazer, lembrando as tuas hábeis mãos no acto de amar. Gemidos, suspiros saem da minha boca, e sobre a nossa cama contorço-me de prazer que nem uma louca. Louca de amor e de saudade de ti. Sim, sinto desejo, sinto prazer, mas sinto a falta do teu ardente beijo, que é difícil de esquecer e não desejar. O clímax foi atingido, e o meu corpo exala prazer por cada poro que o compõe.
Sinto que não fiz amor sozinha e o prazer não foi fingido, foi alcançado.
Quem melhor do que tu para isso me acontecer? Foste e és único… Senti-te em mim, sempre fomos um só. Roubaram-te de mim, sem piedade nem dó, e assim partiste nessa viagem sem retorno, mas acredito agora de que não me deixaste nunca só… O calor do teu corpo, pode não estar presente, o frio continuar frio, mas a tua essência ficou comigo, é permanente. Eu sinto-a, eu vivo-a, e eu amo-a incondicionalmente, e só assim serei capaz de viver a vida, pois é dela que meu corpo e alma se alimentam para seguir em frente. Deitada no teu lugar, cedi ao cansaço do corpo e da mente, adormecendo repleta de amor!...
Alma de Borboleta