Era uma busca insana dentro da nebrina, mas caminhava sem buscar paredes ou qualquer outro ponto de apoio. Existia uma umidade refrescante doada pelo silencio, mas os olhos ardiam cansados pelo peso da interrogação nas pálpebras. A busca era pelo centro... aquele interior onde o oco se alastra atras de respostas que darão um pouco d'água para o sol sitiar o espaço néveo. Revestindo-se de coragem, pousou uma das mãos na fronte para esganar as vozes que enfeitam o medo e outros inumeros entraves que provocam desistencias, só que a tênue luz, balançando no centro da cabana, insinuava vida mais forte caso a alavanca do conhecimento fosse alcançada - era ela que determinava o rompimento da represa onde ressonavam as concretudes das quimeras rabiscadas. Decidiu prosseguir, um pouco vacilante, percebendo que as vozes silenciavam quando a respiração suavizava, o que dava para ouvir o som dos pulsos da luz invadindo ruas da consciencia. A cada investida própria percebia a luminosidade avançando, pé ante pé, enquanto as sombras se esgueiravam tomando rumo desconhecido. Brevemente, a cortina fria se dissolviria e a meia face da verdade se mostraria.