Meu amor, escrevo este poema para ti,
perdoa-me se sou pouco esclarecedor,
mas esta saudade que vai dentro de mim
só me deixa que use certo pundonor.
Nunca, mulher, minha flor de jasmim,
em momento algum, esqueci nosso amor
(chegaste a pôr o vestido de carmesim?),
mas os imponderáveis da vida supor
Quiseram, que esse oceano nos afastaria,
ou que eu de ti, enfim, me esqueceria,
porque não nos víamos regularmente.
Ambos sabemos que nada é permanente,
só o amor da poesia clama teu nome,
Assim, como quem mitigasse à fome.
Jorge Humberto
22/02/08