Poemas : 

Exercício Poético (De Outra Rua)

 
O muro está mais alto
O longo dia encurta...
A distância cega
O medo do novo salto,
Leva a vida incerta
O prazer que se nega

A rua escura e estreita,
As suas sombras sós
De passadas largas
Escondem-se à espreita,
Sussurram em alta voz
As lágrimas que largas

A flor nasce, cresce, morre
Efémera conta novas histórias
Ensina esta noite e outro dia
Faz de conta, a criança corre
Memórias contraditórias
Que outrora feliz se fazia


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
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Enviado por Tópico
Chou
Publicado: 08/02/2017 23:03  Atualizado: 08/02/2017 23:03
Colaborador
Usuário desde: 01/02/2017
Localidade:
Mensagens: 540
 Re: Exercício Poético (De Outra Rua)
Ruas assim quase não existem mais a modernidade pouco à pouco está apagando uma à uma.


Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 08/02/2017 23:52  Atualizado: 08/02/2017 23:52
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: Exercício Poético (De Outra Rua)

Vim...
Só pra dizer que adorei, Fernando..
Beijo!

*-*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/02/2017 19:14  Atualizado: 14/02/2017 17:23
 Nem imagino como o Alentejo seria
Nem imagino como o Alentejo seria


Nem imagino como o Alentejo seria,
Encenado por actores menos melancólicos
Enseadas de eterna ausência luz e cotovias
espigas ondulantes espaço e céus

Vendavais e relâmpagos estivais
espuma satânica onda quebrando s vicente
homens que sucumbem ao tédio
na corda longa bocados do céu caído

em brasa como chumbo derretido
sobre as cabeças dos ceifeiros ombros caídos
nem lembra a tristeza deste povo moreno
uma mágoa que não seja sombra e castigo

Nem imagino como o Alentejo seria
dentro de mim se não fosse solidão,guaritas
e guarida agua fria e as fontes das pias
(também as minhas pias origens)

Nem imaginou Picasso dócil Guernica ...