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A sementinha

 
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A Sementinha

(Composição de Itapuã* e Dino Franco)

Lá na casa da fazenda onde eu vivia
Numa manhã de garoa e de céu nublado
Achei no chão do terreiro uma sementinha
Pensei logo em plantá-la no chão molhado
O tempo passou depressa e a mocidade
Chegou como chega a noite ao cair da tarde
Veio morar na fazenda uma caboclinha
Graciosa, bela e meiga e na flor da idade

Iniciou-se um romance entre eu e ela
Na sombra aconchegante de uma paineira
Dei a ela uma rosa com muita esperança
Que eu colhi de um galhinho daquela roseira
Marcamos o casamento pra o fim do ano
Pra mim só existia ela e pra ela só eu
Pouco mais de uma semana pra o nosso idílio
A minha flor prometida doente morreu

Arranquei o pé de rosas na primavera
E plantei na sepultura de minha amada
Todas tardes eu molhava com o meu pranto
A roseira foi murchando e acabou em nada
A chuva se foi embora e o sol ardente
Matou a minha roseira e secou meu pranto
Só não matou a saudade da caboclinha
Pois eu vejo a sua imagem em todo canto

Por isso é que eu vivo longe da minha terra
Seguindo a longa estrada de minha vida
Procuro viver sorrindo mas no entanto
Eu choro ao me recordar a amada querida
O destino como sempre é caprichoso
É cheio de traições e de sonhos loucos
Tal qual aquela roseira e a minha amada
Eu pressinto que também vou morrendo aos poucos.

*Itapuã é de Maringá

jmd/Maringá, 03.02.17



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João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
rosemari
Publicado: 04/02/2017 13:03  Atualizado: 04/02/2017 13:03
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Usuário desde: 17/03/2008
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Mensagens: 225
 Re: A sementinha
Triste e bela composição. Gosto de Maringá, belíssima cidade.