Há saudades nos meus dedos
de quem passou sem ter passado
trago dores e segredos
em silêncios magoados!
Como a ave que partiu
p'ra lugares além da vida
fui tão só que ninguém viu
que passei de Alma perdida.
Tenho as mãos presas ao vento
como o vento preso ao mar
como a vida presa ao tempo
como amor preso ao penar.
E agora as mãos fechadas
trazem noites, trazem Lua
trazem pássaros sem asas
trazem sombras pela rua.
Ricardo Maria Louro