Procuro por ti..
Na rua
Na avenida
Na tasca
E nem sinal teu minha querida..
Nem no quintal
Nem no meio rural
Tanto animal á beira da mãe natureza
Mas nem sinal da tua beleza
Eu procurei por ti...
Procurei todos os dias
Todas as noites
Mas tu levavas a tua vida em correrias
Procurava arranjar motivos de comemoração
Dava festas para a tua ausência esquecer
Mas o meu coração....
Ele só pedia para adormecer
Porque de ti não havia rasto
Uma dor enorme e infinda
Abracei o teu corpo como um padrasto
Um corpo de ida sem vinda...
Não consigo ser indiferente
De mim escapaste
Hoje nem desaguas na minha nascente
Daí em diante a minha respiração abafaste
Será que foi algum demónio que te levou de mim? Anjo caído
Se foi... nem que eu percorra o inferno
Nem que eu morra nesse inverno
Pela tua ausência ainda mais arrefecido, sem toque de primavera
Mas percorrerei essa esfera sem fim que não tem dó de mim
Será que não sentes?
Decerto não sentes!
O meu corpo... ele não aguenta a tua ausência!
Tanta violência da tua parte que afugenta o desejo do infinito de encontrar esse amor que não me quer sorrir, ao invés prefere partir do que me fazer feliz...
E na ilusão de te encontrar escrevo hoje neste caderno por escrito
Procuro por ti....
Na Lua cheia
Na avenida
Nas horas de almoço e de ceia
E nem sinal dessa alma perdida...