Ó Morte!
Quando vieres
não chegues em silêncio ...
Quero sentir o toque
da tua mão,
o gosto do teu beijo,
teus lábios em meus lábios
adentro ao meu coração.
Ó Morte!
Nessa hora tão minha
não oiças quem chora
ou quem reza por mim,
o que importa é a hora
em que a Alma sozinha
se vai embora por fim.
É este o meu desejo,
ó Morte, deixa-me sentir
o travo amargo do teu beijo!
Ricardo Maria Louro