deslizo desnudo,
sem rumo, sem prumo,
aos ventos.
singro, sangro
sem tino, sem norte,
à sina, à sorte.
naufrago, calado, mudo,
sempre existirão
tormentas, tormentos.
sinto o cheiro
do que se foi,
do que se espera
em cada primavera,
a forma perdida
procura seus etcéteras
nos ritmos da matéria,
no fora, no dentro,
em algum lugar
onde o avesso
do inverso
insiste em ficar.
agarro o grito
agudo que brota
curto da garganta.
sussurro
o espasmo lento
de um gemido surdo.
assomam as sombras
insones, sortidas
em meio ao escombro.
Poema do livro Diários do Desassossego
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