Senhor,
aceita-me como sou!
Com esta sede de amor
que me consome o viver
que me tira o fulgor
e antecipa o morrer ...
Aceita o vidro partido
de que é feito o meu coração
a Alma entornada
sem casa nem chão
cheia de noite, vazio e nada ...
Aceita os versos que canto
e que no caminho te dou
os que ponho no pranto
por não ver o Eterno
no Transitório que sou ...
Ricardo Maria Louro