O tempo floria de tuas mãos
Enquanto adentrava os céus.
Fitava aos infinitos vãos
E alteava teus constelares véus.
Tuas alas espargiam areias doiradas
De sonhos remotos, esquecidos,
Que voejavam águas afloradas
De gloriosos desejos enaltecidos.
Embalada por oceanos colossais,
Derruía e refundia perfeições.
Bosquejava arcanjos celestiais
Em impensáveis concepções.
Perpassava desenfreada
Pelos mais diversos astros;
Pela imensidão acalentada,
Plasmava à mundos vastos.
E assim perpassando ia...
Vasteando, criando...
Esculpindo-se em poesia
E mais galáxias semeando.