Perdoa-me
Perdoa-me se não sei mais desenhar
Na areia da praia o teu belo rosto,
E se guardei nossos retratos
Junto com velhas lembranças.
É que o tempo, como ondas,
Passou arrastando tudo,
Até a dor da saudade.
Perdoa-me se escrevo sem brilho,
Palavras que saltam de minhas mãos,
Se já não sinto teu suave perfume
Na gaveta do meu guarda-roupa.
É que o relógio obrigou-me
A fazer uma limpeza
Na minha vida.
Perdoa-me se meu coração sensível,
Sentindo falta dos raios solares,
Resolveu retirar as cortinas
Que viviam em meu olhar.
Pois elas me impediam
De caminhar firme
Na tua ausência .
Lucineide
A poesia corre em meu sangue
Como a água corre no rio
Sem ela sou metade de mim
Meu nome é fruto de poesia.