Nos arrabaldes de uma aldeia da Bósnia destruída,
crianças brincam de fazer guerra entre escombros
e buracos de bala, ali cravados para toda uma vida
como velhos senhores da guerra e seus assombros.
Casas são como massa de coisa nenhuma indevida
e as gentes com parcos recursos caem aos tombos
ante sua desgraça e as pedras levantadas pra cima:
a imagem das bombas ali caídas causando rombos.
E o senhor, do genocídio, aparece nas rádios locais
de semblante carregado clamando pelos defuntos
que em suas prisões foram tratados como animais.
Mas a justiça nem sempre é cega e vem a verdade.
Eis, um bravo, a todos os guerrilheiros, que, juntos
lutaram pela independência, em prol da liberdade.
Jorge Humberto
23/02/08