Ó rico apegado ao dinheiro!
Se a má sorte te pegar,
Hás-de lembrar
Que é bom partilhar
O que se tem por inteiro
Sem soltares do teu apego,
Quererás rever o passado
Que nunca vai atrasado
Nem perdoa o teu legado
Teu glamour desmontado
Esconderá nas nuvens do tempo
Que o presente deixará limpo
Nas perfeitas curvas do destempo
N’olho da rua verás o sofrimento
Que n’outro tempo não tocara teu templo
Nem assolara teu amplo
Mundo, que de longe contemplo
E será tarde, tarde demais,
Jamais esquecerás da dor que em ti, fervilha
Por não teres feito da partilha
O seguro que te desencalha
Adelino Gomes-nhaca
Adelino Gomes
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