Lá fora não se encontra nem um único cidadão
É para verem a importância que eles me dão
Eu grito na esperança que alguém venha em meu socorro
Mas os tais ficam na sua enquanto eu morro por dentro da forma mais nua e crua
Do outro lado da rua aparece ao minuto, um puto que agradece a deus por mais um dia de vida
Parece que foi tida em consideração, a sua oração, por toda a povoação
E eu?
Sou apenas mais um...
Sem nada em comum com o resto do povo!
Sou novo e já sem esperança
Quem sabe, de ficar com a herança dos meus pais quando estes baterem as botas
Nem que seja á batota
Em plena escuridão
Sofro chacota por parte da cota
Mas isso já ninguém nota
Os maus tratos que sou alvo
Salvo, os momentos com razão
Não são físicos
Mas sim, verbais
Não só para com a minha pessoa
Também para com animais
Temos presente de nós, uma voz que só magoa
Nessa noite a conformidade é o que a gente retém
Para toda a criança que se sente refém
Incapaz de ver para lá do além
Eu vos digo desde Portugal a Jerusalém
Menos ais, menos ais, menos ais
Queremos mais, queremos mais, queremos mais!
Até porque diz o estudo
Que toda criatura
Merece receber acima de tudo
Pequenos dialectos de ternura
A esses canibais sem coração
E que resolvem tudo à base de tortura
Nós dizemos
Menos ais, menos ais, menos ais
Queremos mais, queremos mais, queremos mais
Mais um pouco de dedicação
E que esse sentimento possa estar à nossa altura
Mais amor por pavor?
Menos dor se faz favor!
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