Nada, absolutamente nada
Tudo sem um mero sentido
Uma indicação, um caminho
Uvas sem sabor, sem vinho
Sem parras, cru, despido
Ninguém nesta estrada
Invejas com culpa a solidão
Que de ti se receia sentir
A justeza de toda a injustiça
O lado postiço da cobiça
O querer estar e o porvir
E de novo a solidão
O mundo de tantos mundos
Rasga-se entre mãos, fino
Como esse amor indelével
Doce amargo, fel e mel
Calas a voz, feminino
Sono profundo
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma