Contorço os frágeis céus...
Céus devoradores d'almas
Gatunos de sóis e luas
As virgens puras sem véus
Lânguidas de faces alvas
Anjos sem vestes, nuas
Apunhalo o mortal destino
Que se m'atravessa nos trilhos
Num grotesco olhar de infâmia
Insignificante... pequenino,
Pai e mãe de três filhos
E do mundo sem infância
Seduzo revoltos mares...
Os Neptunos da mitologia
Desafiam caos e desordem
Roubam vidas dos lares
Rosas que floriram um dia
Sonhos dos Homens... acordem!
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma