A chuva
Tão depressa se vai a madrugada
para que o sol ridente
ilumine a estrada
e a alma da gente...
Mas a chuva teima
em se mostrar
serena, persistente,
a cair, a molhar...
Tão depressa é fria e fustigante
a penetrar nas ruelas desertas
tão negra e descuidada
como a capa pendente de estudante.
Enche a cidade de água.
Os corpos de humidade.
E a avenida é toda rios, mágoa,
sarjeta de revolta e de saudade.
Maria Helena Amaro
Braga, outubro de 2013.
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2017/01/a-chuva.html
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