Carrego no peito todo o medo de menina,
Na cama me deito sobre uma mente cristalina.
Uma alma barulhenta que teme o que a vida lhe dà de novo,
sou como uma pena de flutua por entre o povo.
Vou por ai sem destino tentando fugir deste medo,
olho para mim e susurro tudo isto em segredo.
È um mistèrio sem norte o que o nosso cerebro faz com o nosso corpo,
comanda o nosso suporte levando o nosso porto de abrigo.
As minhas làgrimas nao mentem quando digo que estou desesperada,
acabada como areia que no
deserto vagueia sem destino.
Sou as folhas do Outono que dancam sem trono,
que esvoacam sem dono,
Sou o Inverno cinzento que se move com o vento com medo das tempestades.
Pelas cidades me deixo ir rasgando o medo de ruir deixando as sombras fluir,
e como a chuva em tempo dela acendo agora a vela que me faz sorrir.
Raquel Pereira