à noite os campos imóveis escutam o meu pensamento
em silencio a flor vem oferecer-se no meu sonho
para que a cante, mas cai a primeira pétala.
componho a música na sede do prazer que me dá
a corola do seu cálice perfumado
mas acordo com o sol no rosto
e a realidade nas mãos.
apagaram-se as estrelas nos campos da noite
e mais uma pétala despenca da soberba torre
da minha ilusão flor ida
mas eu mortificada canto, canto ainda de amor tecida