O bêbado
Com um passo lento atrás de outro,
Oscilante e torto
Era um homem cheio de desgosto,
Estagnado e quase morto
Foi um ultimo trago,
Que com gosto de desencanto
Mostrava, entretanto
Sua face seca de um velho porto,
Esgarçada
E falida como um roto manto.
Um passo atrás de outro,
Não concebia mais o rumo
Esfarrapado, um vivo morto. A tua casa era o mundo todo,
Desconectado e sem prumo,
Nesta quase morte descabida
Na ardente bebida, descaminhos e tormento.
Virulento veneno.
Com um baque surdo despencou no terreno
Como um galho seco e sem raiz
Era um desengonçado e estranho desenho
Morreu sem um gemido, ali naquele terreno.
Inexistente e infeliz.
Alexandre
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