Meu ano bom - Lizaldo Vieira
Terá disso
Balanço na roseira
E tapa na peteca
E mais um pouco
Pra ser bom mesmo
Quero é mais rasgar o verbo
Cantar canções do parafuso
E das taeiras
Esquecerei as brigas
Por filigranas
A política e corruptos
Que vão as favas
Mandarei tudo ruir pro inferno
Serei amante dos amantes
Atento aos meus direito
Cortarei na carne as fontes de gordura
E de preguiça
Vingarei com ferro e fogo
O arque inimigo de minha gaia
Sentarei no balanço de corda
Na sombra da mangueira
Conversarei com os micos
Meus bichos
Minha natureza será sempre
A eterna companheira
Estimularei a pela de bola
O casamento da raposa
As crianças nas escolas
Serei bicho de sete cabeças
Pronta pra driblar viroses presas
Darei banho perfumado no moreno
E na pretinha
Serei valente na defesa dos índios
E quilombolas
Descerei o morro do riacho das pedras
Escalarei a subida do saco leitão
Se me perguntarem pra onde vou
Depois da merecida aposentadoria
Depois dos noventa
Direi apenas
Que o destino a Deus pertence
Quando criança voltar
A ser ninado no balanço
Da rede de caruá
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...