De joelhos em frente ao oceano
um jovem lança fermento às águas
para que o seu sonho cresça
antes do tempo,
num movimento desconfiado.
Com as mãos sujas de medo
cava um lugar para esperar,
com o coração derramado
naquele mar à sua frente,
e o jovem fez-se velho, serenamente
sem ver a maré parir
o fermento da sua esperança.
Embrulhado na morte,
as águas levam-no vida fora.