O MONGE E A SERPENTE
o carma
Na guerra, conduzira ele elefantes
Contra inimigos vindos de bem longe.
Nada, porém, de qu'ele se lisonje,
Sim o atormente a todos os instantes.
Ferido após barbáries devastantes,
Decide, mudo e só, fazer-se monge...
A fim-de que da guerra mais se alonje
E o coração da sua vida d'antes.
À espera da impossível redenção,
Procura compensar sua violência
Com esta radical resolução:
-- "Enquanto eu respirar n'essa existência,
Nada mais morrerá por minha mão,
Por mais e mais pacífica a consciência!"
* * *
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.