O MONGE E A SERPENTE
a iluminação
Dia após dia, o monge em seu cuidado
Alimentava a cobra presa ao cesto,
Trazendo camundongos que, de resto,
Ninguém mais parecia achar errado.
Tinham fé de que co'o tempo ao seu lado
Perderia ela instinto tão molesto
A ponto de entender do monge o gesto
E ter o seu furor pacificado.
Julgavam que seria agradecida
Ao ser tratada com tanta bondade
Já ao longo de toda a sua vida
E ele se aproximava da verdade
Por uma estrada então desconhecida,
Cercado de total perplexidade.
* * *
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.