O MONGE E A SERPENTEa ophiophagus
Nas florestas dos Gates orientais
Pela estação das chuvas das monções,
Cobras que comem cobras são vilões
D'estas tórridas terras tropicais.
Deveras, as imensas cobras reais
S'elevam tão ferozes quanto leões
E inoculam peçonha aos borbotões
Sobre maiores e mais fortes rivais.
Essa serpente, pouco antes que nasça,
É logo pela mãe abandonada
P'ros próprios filhos não haver por caça.
Ainda bem pequena é encontrada
Pelo silente monge cuja graça
Acreditava ser por ela dada.
* * *
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.