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O MONGE E A SERPENTE - prólogo

 
Tags:  SONETOS 2002  
 
O MONGE E A SERPENTE
prólogo

Contam que quando andava pela Terra
O iluminado espírito de Buda
Vivia em penitência surda e muda
Um monge seu ferido pela guerra.

Acolhido por Buda, mais se aferra
À sã meditação com que se escuda
A alma necessitada mais de ajuda
Visto que grande angústia em si encerra.

Aquele monge à paz se disciplina,
De sorte que mais nada o encoleriza,
Mesmo se tudo em roda desatina.

Assim, quer na tormenta quer na brisa,
Seguia sempre o mesmo a sua sina,
Que a entonação dos mantras lhe suaviza.

* * *


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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