O NATAL
São sonhos de criança
Sentidos, vividos e revelados
Embrulhados em laços de esperança
Entre mimos antigos e desconcertados
São mesas cheias de alegria
Num ritual ancestral de mútua partilha
Bolos, pão, bacalhau e aletria
Camas de folhelho e água na bilha
São presépios de pastores imaginados
Vacas, reis, ovelhas e outros animais
É musgo, carvalhos e pinhões pintados
É o menino deitado que tanto estimais
São as estrelas guiando os reis magos
Que o menino tanto queriam adorar
E que Herodes planeava matar
concretizando sonhos agrestes e amargos
João Garcez, 25 de Dezembro 2016