No meu sonho contigo pouco disseste. Foi sempre assim. Bebias-me na indiferença mal disfarçada da intenção de soslaio provavas-me nos gestos nos risos nas palavras que ia semeando em redor. Sabias-me pelo olhar e nada dizias. Aguardavas-me na tua retina a minha atenção as minhas palavras sobre tudo e quase nada e a rotação da vida parava. E nós culpávamos o tempo por passar sem nos dar conta que o fazia por tanto passar esquecendo-se de nós.