Sou inteitra mas devorada pelo o fogo
que se extingue nas profundezas da alma
o que a água não apagou
e tudo ficou aberto com um lago seco
onde agora é só terra ressequida
infecunda, onde as sementes não brotam
Rebelde serei, ingénua, pura como a terra
onde nada nasce nem as plantas luxuriantes,
nem as ervas nocivas e inteira,
mergulhada na meia luz da noite
olho o cavalete, os pinceis, as tintas que se confundem
em espirais de cores
olho delirante a tela e desenho a ternura espalhada na face
ali inteira
na pantalha por pintar ...
E.L.
2008/8/03
E.L.