O Dever e o Sonho
Sempre lutei entre o Dever e o Sonho.
Por mim razões me senti derrotada.
Quando o Dever me parecia risonho
vencia o sonho. Ficava avassalada.
Por esses dois me senti enganada.
Pois se o Dever, enfim, era medonho.
Lá vinha o Sonho fazer de mim pousada.
Dizendo-me, então: "- Que dever tão bisonho!"
Agora que a vida se esmorece,
o Dever para mim se desvanece.
Não é luta, nem ritual tristonho.
É o sonho que vem, que me enternece...
É o sonho que na alma permanece.
Já não há luta, pois eu escolho o Sonho.
Maria Helena Amaro
16/07/2013
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