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Margô_T | Publicado: 28/01/2020 09:41 Atualizado: 28/01/2020 09:43 |
Da casa!
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Re: Além do verbo #.#.#
“Além do verbo”, da pura abstracção linguística, há alguém (“todos nós”) que sente. Esse sentimento, que interiormente nos move, é uma “fornalha cósmica” bem “longe, a anos-luz” de qualquer tentativa de enclausuramento linguístico, ainda que haja uma catadupa de “definições para o amor” para todos os gostos (“belas, inconclusas, sinceras, feias ou ridículas”). A verdadeira definição não estará em nenhuma delas, ainda que nenhuma delas esteja totalmente errada (“Todas, não direi, falsas”) porque ainda está para vir uma que capte a verdadeira essência que brota do “peito deste ser”.
Esta primeira estrofe está um espanto! Também eu, leitora invocada, sinto uma distância entre o que aqui leio e o que está inerente ao que aqui escreveste. Todavia, (não pergunto como), sinto que há algo nela que “reverbera” uma qualquer definição intrínseca minha, conseguindo atingir memórias e sentimentos meus – esses indefinidos. Já que há algo, humana-mente comum, neste sentir... algo comum a “todos nós” (“Em algum lugar entre nós os dois”). “A definição para o amor/Não pode ser hieroglifada em tabuletas de argila.” – Soberbo! E isto ainda que os hieróglifos sejam, provavelmente, o que de mais próximo podemos ter com esse sentir que desafia definições… para sempre estrangeiro em nós. Resta-nos a certeza que o seu lugar é dentro de nós, e não na linguagem: “Em alguns casos, pouquíssimos, Podem ser plenamente sentidas, vivenciadas,” E que a descodificação está em nós, mesmo que a capacidade de a expressar nos esteja, para sempre, vedada: “Então posso dizer que a definição está lá, Só que ainda numa linguagem não decodificada À maioria dos homens.” Gostei de te reler! |
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