Poemas : 

Serenidade na água do meu Tejo

 
As margens do Tejo
aconchegaram vezes sem conta
o meu olhar,
levaram-me para outros portos
tantas vezes
quando queria partir,
levaram-me
para não naufragar,
as águas turvas
embalam-me os sentidos,
elevaram-me a alma
para a outra margem,
levaram-me
à nascente do rio,
ao caminho árduo para de novo chegar,
sempre sem excitar…

Correu o rio pelas duas margens
galgou obstáculos
para alcançar o fim,
o seu mar que o aguarda
sempre…independentemente do tempo…sempre!

Murmurou-me o rio
mil segredos destas passagens,
para me dar coragem
nesta minha viagem
e quando o sol se encobre nos meus sonhos,
volto ao leito
deste meu rio…meu Tejo,
por ali fico
a partilhar segredos
que ficam nas águas encantadas
ao som do abraço sereno
que este meu conselheiro
sabe dar sem amarras!


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
Autor
AnaCoelho
Autor
 
Texto
Data
Leituras
569
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.