E andam nas ruas palhaços e artistas vestidos de todas as cores, os homens mesmo com cara de poucos amigos são obrigados a aturar aquilo em prol do bom relacionamento com as suas amadas. Elas vão à frente com um sorriso nos lábios, dançam com os palhaços, riem e dão abraços, atrás delas o homem carregado com as compras, mal encarado como nunca o haviamos visto, no bolso das calças o cartão multibanco e o conjunto interminável de recibos que ele guardou cuidadosamente para se sentar em casa a sofrer enquanto faz as contas ao dinheiro que gastou com ela. "É dia da mulher!" diziam elas, como se isso fosse desculpa para tudo, até para os obrigar a apertarem-lhe os cordões. Eu passo devagar do outro lado da rua, no saco um livro de um qualquer escritor português de renome, um pacote de rebuçados, uma folha branca e uma caneta, páro então no meio da rua, sento-me no chão e começo a escrever este texto, enquanto se ouvem gritos histéricos de mulheres descontroladas às compras... Não vou dizer que não me apetecia receber um presente, umas palavras, uma flor, que fosse... seria mais feliz um pouco!
Estimada Amiga eu lhe ofereço todas as mais belas flores do mundo com imenso carinho e amizade e que como muler bela que e sejam sempre uma flor odorando a nossa vida.