Eu sou o grito de uma Alma abandonada
eu sou o sonho de um morto que era vivo
eu sou alguém que está cansado da jornada
eu sou o verso de um Poema proibido.
Eu sou o tiro de uma pistola suicida
eu sou o caos que dá origem ao principio
eu sou aquele que nunca soube amar a vida
eu sou alguém à beira do precipício.
Eu sou o vazio que habita o coração,
o enfermo que se arrasta na doença,
aquele que só vive de dor e solidão.
E por nada mais saber de mim, nem onde vou,
peço a Deus que me dê força na sentença
que fez de mim tudo aquilo quanto sou.
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro