Converso comigo no alto deste monte,
Tento me encontrar,aqui bem perto da Comunidade Vida e Paz,
Abstraio me por momentos do bulicio da cidade,
Avisto terra e mar,avisto Lisboa e a outra margem do Tejo,
Com a Serra da Arrábida como pano de fundo,
Polvilhado pelo sol do final da manhã,envolvido pelo gorjear dos pássaros,
Aconchegado pelo vento.
Deito me na relva deste monte estupidamente alegre,
Só assim me consigo rir de mais um idiota dono de restaurante que me queria esfolar vivo,
Em pleno dia de feriado de todos os santos,
Talvez tenha cara de coelho,a minha alcunha de infância.
É a Cova Funda,
É trabalhar das 11H ás 2 da manhã,
É não escrever poesia,não tocar a minha musica,
É ser escravo e ser corno também,
É a morte do amor,
É a morte dos sonhos do homem
SEMEANO OLIVEIRA
21 DE MARÇO 2016 - Participei na Coletanea de Poesia da EDIÇOES VIEIRA DA SILVA ,intitulada "ECOS DE APOLO"