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Confissões de um aprendiz de escriba - VII

 
VII

Quarta-feira no segundo dia de novembro - Dia de finados. Gordinho, o eletricista desempregado emprestou-me quinze reais que comprei uma lata de dissolvente e um litrinho de querosene. Dei um banho dessa mistura no portão e vamos ver se desta vez seca até amanhã.
Minha cunhada com uns maços de velas pergunta-me se não acenderei vela para os meus entes queridos. Balanço a cabeça negativamente. Estou deveramente perturbado com todas essas circunstâncias negativas que meu pobre estomago voltou a sofrer aqueles velhos sintomas que me afligem logo que acordo. Mas vou me arrastando como posso, o importante é não perder a fé e rumo... arriba!

 
Autor
r.n.rodrigues
 
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