V
Manhã do ultima segunda-feira de outubro. Todos comentam e festejam a reeleição do atual prefeito. Eu na minha humilde tristeza e preocupação com meus problemas cotidianos. Um deles é o portão que não seca. Tenho de comprar outra tinta, mas cadê o dinheiro? Aguardo a mãe de Calabresa, o meu redentor pagar-me. O congelador vazio. O ferimento na ponta do dedo indicador cicatrizando lentamente debaixo da pequena pele enegrecida. Coloco a cruz em pé no canto da porta para atrair algum client. Ontem depois do final trágico de Luzia em Sobral partir para a corte do Rio de Janeiro, embarcando nas desventuras do meu incauto conterrâneo Amâncio na escrita do mestre Aluisio Azevedo em "Casa de Pensão". A visita de Leoni e a sua pequena prole de um menino e duas gurias. Muito bonito essa relação de amor que tem pelos seus. Brincaram, sentaram no chão se chatearam e foram embora. Uma no braço e os outros puxados pela mão.
Depois de andar alguns quilometro no famoso rally "Paris-Dakar" no deserto da Argélia na possante moto do piloto francês Cyril Neveu em "Au Kilomètre 260", resolvi voltar para a conclusão do romance "Sétima Avenida" do escritor americano Norman Bogner conterrâneo de Henry Miller ambos nasceram em Nova York no mesmo bairro do Brooklyn.