Na galeria do amor
Estamos pendurados
Em uma simples parede.
Somos todos pálidos
Pela pintura que começa
A se desbotar e pelo
Tempo que estamos
Pendurados para
Sermos comprados.
Somos apenas pálidos
Pelo louco amor
E debaixo de um sol
Ardente a palidez continua
E aos olhos humanos
A galeria some de
Tão grande que é.
Na galeria do amor
Somos todos pálidos,
Pendurados na parede,
Fria,
Úmida,
Suja,
Sem higiene,
A espera tão somente
De alguma boa alma
Que vai nos levar
Para a sua casa
E nos colocar em outra
Parede como uma conquista.
Vai descendo de nossos olhos
Lágrimas de tristeza
Por estarmos neste
Momento como um
Objeto de desejo pendurado
Nesta galeria do amor.
Marcus Rios
Poeta Iunense - Acadêmico -
Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)
Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras