Vício,
Que te consome e não te satisfaz
Prazer da culpa
Que o tempo vai descascando
Poupo a pouco a alma esvaziando
Pra ela não reclamar
Vício,
A beleza da mentira não tão bela,
Uma espera àquilo
Que é destinado a preencher esse vazio
Mas que,por um inconveniente
Atemporal ou temporal,ainda não chegou
Vício,
A falta de amor que te fez moribundo,
Como um soldado condenado
Pelo egoísmo de alguém no campo de guerra
Que,conformado ao desespero
Escuta música na guerra em cifras de disparos
Vício,
Que te ama e te odeia
Com possessividade e egoísmo
Resumiu teu mundo ao próximo fardo
De saciar a sede do sentido da vida
A mais um copo de água turva
Vício,
Que te limita em uma coleira
E te trata como mascote
E destrói a tua humanidade
A serpente da inveja,
Um amigo que te leva pro buraco
Vício,
Aquele que te transforma numa casca vazia,
Aquele que tira a tua assência,
Aquele que só flerta com o teu pior,
Aquele que só te rouba,
Aquele que nada irá te acrescentar.