Já ninguém canta nas vielas da minha vida, não há guitarras portuguesas chorando nas pedras da calçada, não há xailes de viana nem vozes roucas. Acabou-se o fado!
Já ninguém canta, já ninguém quer saber da ausência, ninguém sente falta do que desconhece. Fico eu e este vazio a cantar dentro de mim.
Já sacudi o pó das entranhas que me preenchem, já bailei na lua com os meus sapatos de cristal a reflectirem todo o seu brilho, desci ao fundo do mar só para te mostrar que é possível acreditar mas o resto foi em vão.
Já ninguém canta nas vielas da minha vida, acabou-se o meu fado, lamúria, pecado orinal e primeiro, sentires-te desgarrado e então foi-se o fado e a vontade de o ter.
Acabou-se o fado...
. façam de conta que eu não estive cá .